Recitam versos e recebem como oferenda pão, broas, bolos, nozes, castanhas e, nos últimos tempos, dinheiro, rebuçados ou chocolates.
Nos arredores de Lisboa, esta prática evocava o dia do terramoto (1 de Novembro de 1755), quando as pessoas, vendo todos os seus bens serem destruídos, foram às localidades que não tinham sofrido danos pedir "Pão por Deus".
Eis alguns versos
Pão, pão por Deus
Pão, pão por Deus
à mangarola,
encham-me o saco,
e vou-me embora.
encham-me o saco,
e vou-me embora.
Bolinhos e bolinhós
Para mim e para vós
Para dar aos finados
Qu'estão mortos, enterrados
À porta daquela cruz.
Truz! Truz! Truz!
A senhora que está lá dentro
Assentada num banquinho
Faz favor de s'alevantar
P´ra vir dar um tostãozinho.
Se os donos da casa derem algo...
Esta casa cheira a broa
Aqui mora gente boa.
Esta casa cheira a vinho
Aqui mora algum santinho.
Se não derem nada...
Para mim e para vós
Para dar aos finados
Qu'estão mortos, enterrados
À porta daquela cruz.
Truz! Truz! Truz!
A senhora que está lá dentro
Assentada num banquinho
Faz favor de s'alevantar
P´ra vir dar um tostãozinho.
Se os donos da casa derem algo...
Esta casa cheira a broa
Aqui mora gente boa.
Esta casa cheira a vinho
Aqui mora algum santinho.
Se não derem nada...
O gorgulho gorgulhote,
lhe dê no pote,
e lhe não deixe,
farelo nem farelote.
e lhe não deixe,
farelo nem farelote.
Esta casa cheira a alho
Aqui mora um espantalho
Esta casa cheira a unto
Aqui mora algum defunto.