23 abril 2010
15 abril 2010
A Perspectiva das Coisas
10 abril 2010
Escola Básica S. João de Deus
Fomos à escola de L. conhecer os seus amigos. O tempo esteve do nosso lado, para apresentarmos a história no exterior. A pequena coreografia que preparámos para o final foi muito bem enriquecida por algumas crianças, que parecem ter o rítmo no corpo.
Um agradecimento a todo o público, aos técnicos e à Associação de Pais e Encarregados de Educação, por nos receberem tão bem.
Um agradecimento a todo o público, aos técnicos e à Associação de Pais e Encarregados de Educação, por nos receberem tão bem.
08 abril 2010
01 abril 2010
Cantiga das Mentiras
Agora tenho vagar
vou contar umas mentiras:
já pelo mar andei às lebres,
e pelos campos às enguias.
Eu sou um triste ninguém
sempre a saltar pelos caminhos
nas garrafas levo pão,
nos alforges levo vinho.
Botei com os bois às costas
pus o arado a pastar
sentei-me para correr
deitei-me para os agarrar.
Fui ao figueiral às pêras
todo me enchi de pinhões.
Veio o dono das castanhas:
- Ó ladrão, larga os feijões.
Eu vi dois ratos lavrando
a puxar pelo arado
um grilo muito engraçado
ia atrás deles piando.
Com um cão um corridinho
vi uma cabra dançando.
Vi um lobo beber vinho
uma ovelha namorando.
Vi um coelho fadista
a tocar numa guitarra.
Ouvi uma grande artísta
que se chamava cigarra.
Vi um morcego com pernas
vi uma lebre fardada
vi as rolas no cinema
vi o tordo na tourada.
Com uma grande barriga
vi um leão bater sola.
Nas costas de uma formiga
já vi um jogo da bola.
Tenho catarro nas unhas
dor de estômago nas orelhas
já me doem os joelhos
de coçar as sobrancelhas.
Vieira, A. (1994). Eu bem vi nascer o Sol - Antologia da poesia popular portuguesa. Lisboa: Caminho
vou contar umas mentiras:
já pelo mar andei às lebres,
e pelos campos às enguias.
Eu sou um triste ninguém
sempre a saltar pelos caminhos
nas garrafas levo pão,
nos alforges levo vinho.
Botei com os bois às costas
pus o arado a pastar
sentei-me para correr
deitei-me para os agarrar.
Fui ao figueiral às pêras
todo me enchi de pinhões.
Veio o dono das castanhas:
- Ó ladrão, larga os feijões.
Eu vi dois ratos lavrando
a puxar pelo arado
um grilo muito engraçado
ia atrás deles piando.
Com um cão um corridinho
vi uma cabra dançando.
Vi um lobo beber vinho
uma ovelha namorando.
Vi um coelho fadista
a tocar numa guitarra.
Ouvi uma grande artísta
que se chamava cigarra.
Vi um morcego com pernas
vi uma lebre fardada
vi as rolas no cinema
vi o tordo na tourada.
Com uma grande barriga
vi um leão bater sola.
Nas costas de uma formiga
já vi um jogo da bola.
Tenho catarro nas unhas
dor de estômago nas orelhas
já me doem os joelhos
de coçar as sobrancelhas.
Vieira, A. (1994). Eu bem vi nascer o Sol - Antologia da poesia popular portuguesa. Lisboa: Caminho
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